W33D • 16.01.17 20:08
AMD e NVIDIA tiveram anos bem movimentados em relação ao lançamento de novas tecnologias e a apresentação de novos produtos. A AMD, por exemplo, alterou drasticamente sua linha de placas de vídeo com a nova arquitetura Polaris e sua proposta de excelente custo-benefício. Do outro lado, a NVIDIA apostou em manter o ritmo com o lançamento de uma nova arquitetura, que promoveu saltos de performance significativos sobre as placas de vídeo da série anterior. Relembre o que cada uma das duas fez em 2016 a seguir.
AMD dispara no custo-benefício
Depois de alguns ciclos de lançamentos que sofriam um pouco em termos do equilíbrio entre custo, performance e consumo, a AMD trouxe para 2016 uma nova linha de placas de vídeo desenvolvida para atacar todos esses problemas. Com as novas Radeon RX 460, RX 470 e RX 480, a Advanced Micro Devices apresentou placas de vídeo com perfil de preço mais baixo, desempenho bom e consumo na média.
A proposta clara foi compreendida, e bem recebida, pelo consumidor, que passou a encontrar em uma placa como a RX 460 performance na medida para jogar em Full HD, numa proposta especialmente pensada para eSports e jogadores de MOBAs em geral. Na RX 470, desempenho um pouco mais folgado para jogos em Full HD num pacote intermediário e, por fim, na RX 480 uma placa de bom desempenho, jogos a 2K e capacidade de rodar em realidade virtual, tudo por preços que começam na casa dos R$ 1.100.
Placa mais importante
A Radeon RX 480 foi o grande lançamento da AMD no ano. Mais poderosa entre as placas Polaris, o modelo não chega a bater de frente com as top de linha da Nvidia em termos de desempenho bruto, mas acena ao consumidor com a promessa de jogos em 2K e realidade virtual por preços muito competitivos.
O que decepcionou?
Talvez o que tenha decepcionado fãs da AMD em 2016 foi a falta de novos produtos top de linha para realmente brigar com a rival, Nvidia. As placas RX 460, 470 e 480 chegaram com uma proposta muito clara de custo-benefício, deixando o espaço do mercado de alto desempenho todo para a Nvidia.
Aos fãs da marca, restaram placas mais antigas, como as Radeon Fury, mas o nível de desempenho, relação de custo e consumo desses produtos pode ser difícil de justificar tendo-se em vista as opções mais recentes, lançadas pela Nvidia ao longo de 2016. A expectativa em torno de novas GPUs poderosas da AMD gira em torno da arquitetura Vega, aguardada para 2017.
Nvidia surpreende com a arquitetura Pascal
Ultimamente, sempre que uma nova arquitetura é apresentada, a expectativa gira em torno de saltos de desempenho que não passem de 10% sobre o que era possível em produtos da linha anterior. A arquitetura Pascal da Nvidia, que estreou em 2016, acabou com esse modelo ao garantir 30% mais desempenho, em média, às novas placas em comparação com as unidades da geração anterior, pertencente à arquitetura Maxwell.
Além do aumento sensível em desempenho, as placas da Nvidia também chegaram com bons índices de consumo e, até mesmo no preço, ponto fraco histórico da marca na competição com a AMD, houve boas notícias: placas como a Geforce GTX 1060 ocupam um patamar de mercado que as tornam competitivas diante da Radeon RX 480.
A Nvidia promoveu o lançamento de mais placas do que a AMD e isso torna a escolha de apenas uma delas como mais relevante difícil. Em todo caso, a Geforce GTX 1070 parece ser a escolha ideal para quem quer investir num produto da marca e abre mão do preço mais alto da GTX 1080. A GTX 1070 deixa a RX 480 para trás em desempenho e custa a partir de R$ 1.900 no Brasil.
O que decepcionou?
Ao contrário da AMD, que usou 2016 como uma correção de rumo, a Nvidia se manteve em piloto automático, seguindo seu cronograma de lançamentos. Entretanto, a arquitetura Pascal se mostrou tão sólida que fica difícil apontar tropeços na trajetória da marca ao longo do ano.
Mesmo a tendência pelos preços mais altos é algo difícil de ser criticado. No momento, a Nvidia ocupa o patamar de alto desempenho sozinha e isso se traduz em sua política de preços, que aproveita a exclusividade nesse nicho.
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