Obama concede última entrevista coletiva como presidente 18.01.17 18:09
O presidente dos EUA, Barack Obama, concedeu nesta quarta (18) sua última entrevista coletiva antes de deixar o cargo. Na sexta, ele transfere a presidência a Donald Trump. Bem humorado, ele começou dizendo que ficou tentado a usar um traje de praia, mas foi desaconselhado por sua mulher, Michelle.
Ele também brincou com os jornalistas, lembrando que alguns o acompanham há vários anos, ao dizer que eles reclamam de suas longas respostas, mas que isso só acontece porque eles fazem "perguntas divididas em seis partes".
Com um tom mais sério, ele elogiou a imprensa e ressaltou a importância de sua liberdade, dizendo que ela pressiona os que estão no poder a serem as melhores versões de si mesmos.
A primeira pergunta de um jornalista foi em relação à comutação da pena de Chelsea Manning e o vazamento de informações. Obama afirmou não acreditar que a libertação de Manning possa animar ninguém que esteja disposto a fazer o mesmo que ela. "Ela passou por um processo muito duro", ressaltou e disse que sua sentença foi desproporcional às que outros acusados por crimes semelhantes receberam.
"Estou confortável que a justiça foi cumprida e que a mensagem foi enviada em relação à segurança nacional", afirmou. Ele acrescentou que a proposta de Assange, fundador da WikiLeaks, que disse aceitar ser extraditado em troca da liberdade de Manning, não foi levada em conta.
As relações com a Rússia também foram discutidas, e Obama disse acreditar que é interesse do mundo e dos EUA ter uma boa relação com a Rússia, e que ele buscou fazer isso durante seu governo. Mas, segundo o presidente, após Putin voltar à presidência, um sentimento anti-EUA cresceu naquele país.
Ele destacou que é importante deixar claro que as sanções à Rússia são por causa da ingerência do país na Ucrânia, que teve sua soberania desrespeitada. Ele afirmou que é importante transmitir a mensagem de que países poderosos não podem sair invadindo e dominando países com menos poder
.
Outro repórter abordou a questão da transferência de poder, uma vez que Obama prometeu um processo pacífico, mas dezenas de congressistas democratas já anunciaram que irão boicotar a posse de Trump. O presidente disse que teve conversas "cordiais" e muitas vezes longas com seu substituto, e que ofereceu seus melhores conselhos, mas que não pode afirmar se ele os seguirá e que também não revelará o teor das conversas.
Obama disse ainda acreditar que Trump pode mudar suas posições em relação a alguns assuntos e "chegar às mesmas conclusões que eu cheguei." O presidente reforçou ainda a importância de uma equipe competente e forte. "Este é um trabalho de tanta magnitude que você não pode fazer sozinho. Você depende muito de um time".
Quanto ao boicote de democratas à posse, ele disse que não iria comentar o assunto, mas garantiu que ele e Michelle estarão lá, brincando que já checou a previsão climática e se assegurou de que não fará tanto frio quanto no dia de sua primeira posse.
Sobre suas prioridades após deixar o cargo, ele disse que pretende passar mais tempo com suas filhas e a mulher, com quem completa 25 anos de casamento este ano, e que deve escrever, observar os acontecimentos e também absorver com mais calma tudo o que passou em seus oito anos na Casa Branca.
Ele afirmou ainda que pode se sentir impelido a se manifestar se sentir que alguns valores centrais estiverem em risco, como por exemplo uma institulização de alguma forma de preconceito racial, de obstáculos para que pessoas votem, de restrições à liberdade de imprensa ou a rejeição aos filhos de imigrantes.
Fonte: G1
Ele também brincou com os jornalistas, lembrando que alguns o acompanham há vários anos, ao dizer que eles reclamam de suas longas respostas, mas que isso só acontece porque eles fazem "perguntas divididas em seis partes".
Com um tom mais sério, ele elogiou a imprensa e ressaltou a importância de sua liberdade, dizendo que ela pressiona os que estão no poder a serem as melhores versões de si mesmos.
A primeira pergunta de um jornalista foi em relação à comutação da pena de Chelsea Manning e o vazamento de informações. Obama afirmou não acreditar que a libertação de Manning possa animar ninguém que esteja disposto a fazer o mesmo que ela. "Ela passou por um processo muito duro", ressaltou e disse que sua sentença foi desproporcional às que outros acusados por crimes semelhantes receberam.
"Estou confortável que a justiça foi cumprida e que a mensagem foi enviada em relação à segurança nacional", afirmou. Ele acrescentou que a proposta de Assange, fundador da WikiLeaks, que disse aceitar ser extraditado em troca da liberdade de Manning, não foi levada em conta.
As relações com a Rússia também foram discutidas, e Obama disse acreditar que é interesse do mundo e dos EUA ter uma boa relação com a Rússia, e que ele buscou fazer isso durante seu governo. Mas, segundo o presidente, após Putin voltar à presidência, um sentimento anti-EUA cresceu naquele país.
Ele destacou que é importante deixar claro que as sanções à Rússia são por causa da ingerência do país na Ucrânia, que teve sua soberania desrespeitada. Ele afirmou que é importante transmitir a mensagem de que países poderosos não podem sair invadindo e dominando países com menos poder
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Outro repórter abordou a questão da transferência de poder, uma vez que Obama prometeu um processo pacífico, mas dezenas de congressistas democratas já anunciaram que irão boicotar a posse de Trump. O presidente disse que teve conversas "cordiais" e muitas vezes longas com seu substituto, e que ofereceu seus melhores conselhos, mas que não pode afirmar se ele os seguirá e que também não revelará o teor das conversas.
Obama disse ainda acreditar que Trump pode mudar suas posições em relação a alguns assuntos e "chegar às mesmas conclusões que eu cheguei." O presidente reforçou ainda a importância de uma equipe competente e forte. "Este é um trabalho de tanta magnitude que você não pode fazer sozinho. Você depende muito de um time".
Quanto ao boicote de democratas à posse, ele disse que não iria comentar o assunto, mas garantiu que ele e Michelle estarão lá, brincando que já checou a previsão climática e se assegurou de que não fará tanto frio quanto no dia de sua primeira posse.
Sobre suas prioridades após deixar o cargo, ele disse que pretende passar mais tempo com suas filhas e a mulher, com quem completa 25 anos de casamento este ano, e que deve escrever, observar os acontecimentos e também absorver com mais calma tudo o que passou em seus oito anos na Casa Branca.
Ele afirmou ainda que pode se sentir impelido a se manifestar se sentir que alguns valores centrais estiverem em risco, como por exemplo uma institulização de alguma forma de preconceito racial, de obstáculos para que pessoas votem, de restrições à liberdade de imprensa ou a rejeição aos filhos de imigrantes.
Fonte: G1