O Brasil segue no topo da lista dos países atacados pela variante do WannaCry, o Adylkuzz, descoberto nesta quarta-feira, 17/05, em vários países. Segundo dados da Avast, o novo worm invade os PCs por meio da mesma vulnerabilidade utilizada pelo WannaCry, que infectou mais de 300 mil PCs, em 116 países, desde a última sexta-feira, 12 de maio.
Mas de acordo com a empresa de segurança, o Adylkuzz tem uma finalidade diferente: utilizar o poder de computação do PC infectado para fazer a 'mineração' de criptomoedas. O número de máquinas infectadas no mundo é elevado, já que o primeiro malware desse tipo foi bloqueado pela Avast em 23 de Abril, numa máquina da Ucrânia, conta Jakub Kroustek, especialista que ocupa o cargo de Threat Lab Team Lead da empresa.
"Nossas estatísticas preliminares mostram que houve mais de 88.000 ataques bloqueados desde o primeiro incidente até agora", detalha Jakub Kroustek. Os países mais visados, segundo ele, são basicamente os mesmos atingidos no surto do WannaCry sexta-feira passada, com a Rússia, Ucrânia e Taiwan nos três primeiros lugares da lista, seguidos pelo Brasil e Índia, que também foram grandes alvos do WannaCry.
No momento, revela a Avast, o malware Adylkuzz está focado exclusivamente na mineração do Monero, um tipo de criptomoeda semelhante ao Bitcoin, explica Kroustek: "A mineração de criptomoedas é um negócio legítimo, mas para fazer isso em larga escala é preciso dispor de um forte poder de computação. Existem pessoas que utilizam grandes 'server farms' para ganhar dinheiro com mineração de Bitcoins e de outras criptomoedas. Mas a utilização dessas 'server farms' requer um alto investimento financeiro tanto para a infra-estrutura quanto para pagar a eletricidade”, explica.
Os autores do Adylkuzz querem justamente contornar esses custos usando os PCs existentes de usuários aleatórios, que infectam para usar seu poder de computação sem que os donos saibam, acrescenta Kroustek: “Claro que eles querem tirar proveito dos recursos do sistema do computador infectado pelo maior tempo possível. Portanto, o Adylkuzz fica sendo executado em segundo plano, sem que o usuário perceba nada além do fato de que seu sistema estará rodando mais lento. Esta não é a primeira vez que vemos criminosos infectarem dispositivos para fazer mineração de criptomoedas. Em 2014 registramos casos de malware sequestrando gravadores de vídeo digital (DVRs), para fazerem a mineração de Litecoins", detalha.
O Adylkuzz usa os implantes (códigos de exploração de uma vulnerabilidade) DoublePulsar e EternalBlue de Windows para se espalhar, e portanto é focado apenas em máquinas que utilizam o Windows. Esses dois implantes também são utilizados pelo ransomware WannaCry e originalmente foram criados pelo grupo bobba EquationGroup, que está firmemente conectado à NSA (Agência Nacional de Segurança dos EUA), para explorar a vulnerabilidade MS17-010 no protocolo Server Message Block (SMB), um protocolo de compartilhamento de arquivos nativo do Windows.
Neste momento, sustenta ainda a Avast, os dispositivos móveis não estão em risco, já que o malware é programado para atacar ambiente Windows. Importante ressaltar que não se trata de um ransomware – ele abusa dos recursos do sistema operacional para minerar criptomoedas, de modo que não há nenhuma exigência de resgate.
Créditos:
convergencia brasil
Mas de acordo com a empresa de segurança, o Adylkuzz tem uma finalidade diferente: utilizar o poder de computação do PC infectado para fazer a 'mineração' de criptomoedas. O número de máquinas infectadas no mundo é elevado, já que o primeiro malware desse tipo foi bloqueado pela Avast em 23 de Abril, numa máquina da Ucrânia, conta Jakub Kroustek, especialista que ocupa o cargo de Threat Lab Team Lead da empresa.
"Nossas estatísticas preliminares mostram que houve mais de 88.000 ataques bloqueados desde o primeiro incidente até agora", detalha Jakub Kroustek. Os países mais visados, segundo ele, são basicamente os mesmos atingidos no surto do WannaCry sexta-feira passada, com a Rússia, Ucrânia e Taiwan nos três primeiros lugares da lista, seguidos pelo Brasil e Índia, que também foram grandes alvos do WannaCry.
No momento, revela a Avast, o malware Adylkuzz está focado exclusivamente na mineração do Monero, um tipo de criptomoeda semelhante ao Bitcoin, explica Kroustek: "A mineração de criptomoedas é um negócio legítimo, mas para fazer isso em larga escala é preciso dispor de um forte poder de computação. Existem pessoas que utilizam grandes 'server farms' para ganhar dinheiro com mineração de Bitcoins e de outras criptomoedas. Mas a utilização dessas 'server farms' requer um alto investimento financeiro tanto para a infra-estrutura quanto para pagar a eletricidade”, explica.
Os autores do Adylkuzz querem justamente contornar esses custos usando os PCs existentes de usuários aleatórios, que infectam para usar seu poder de computação sem que os donos saibam, acrescenta Kroustek: “Claro que eles querem tirar proveito dos recursos do sistema do computador infectado pelo maior tempo possível. Portanto, o Adylkuzz fica sendo executado em segundo plano, sem que o usuário perceba nada além do fato de que seu sistema estará rodando mais lento. Esta não é a primeira vez que vemos criminosos infectarem dispositivos para fazer mineração de criptomoedas. Em 2014 registramos casos de malware sequestrando gravadores de vídeo digital (DVRs), para fazerem a mineração de Litecoins", detalha.
O Adylkuzz usa os implantes (códigos de exploração de uma vulnerabilidade) DoublePulsar e EternalBlue de Windows para se espalhar, e portanto é focado apenas em máquinas que utilizam o Windows. Esses dois implantes também são utilizados pelo ransomware WannaCry e originalmente foram criados pelo grupo bobba EquationGroup, que está firmemente conectado à NSA (Agência Nacional de Segurança dos EUA), para explorar a vulnerabilidade MS17-010 no protocolo Server Message Block (SMB), um protocolo de compartilhamento de arquivos nativo do Windows.
Neste momento, sustenta ainda a Avast, os dispositivos móveis não estão em risco, já que o malware é programado para atacar ambiente Windows. Importante ressaltar que não se trata de um ransomware – ele abusa dos recursos do sistema operacional para minerar criptomoedas, de modo que não há nenhuma exigência de resgate.
Créditos:
convergencia brasil