Como a Dell quer conquistar o mercado de PC Gamer 12.09.17 17:56
A Dell lançou sua primeira linha de desktop gamers na última terça (05), no Brasil. O PC Gamer Inspiron chega às lojas para tentar conquistar o coração dos “PC master race” e bater de frente com os consoles mais poderosos, como Xbox One X e PS4 Pro.
Os valores vão de R$ 2.999 a R$ 6.239. Todos vêm equipados com processadores AMD Ryzen (as opções são o 3 1200; o 5 1400; e o 7 1700x). Já entre as placas de vídeo as alternativas são Radeon RX 560, RX 570 e a GeForce GTX 1060 de 6GB. As opções de armazenamento, sistema operacional e memória RAM são personalizáveis e há diversas combinações possíveis.
A Dell desenvolveu seu próprio projeto de placa-mãe com chipset X370. O gabinete foi todo preparado para facilitar a customização (o usuário não perde a garantia de um ano caso queira fazer upgrade) e conta com iluminação azul que não vaza a ponto de incomodar caso o PC esteja rodando em um quarto escuro.
Pudemos testar a versão mais potente da máquina (com Ryzen 7 1700X e GTX 1060) na sede da Dell em São Paulo. O computador estava rodando The Witcher 3 há mais de 5 horas e não dava sinais de aquecimento. As configurações estavam acertadas no “alto” com Nvidia Hairworks desligado. Quando tudo passava para o ultra, a performance ficava entre 40 e 50 FPS.
Curiosamente, o lançamento vem sob o nome da marca Dell, não da Alienware, o braço de produtos gamers da empresa lançado no Brasil em 2016. Segundo a companhia, a intenção é que a própria Dell também seja relacionada a produtos gamers.
Segundo Raquel Martins Braga, gerente de produtos para o consumidor final da empresa, o setor de games é um dos que mais crescem dentro da companhia. “Ano passado, no meio da crise, lançamos a Alienware e fomos bem questionados. Nós bancamos nossa posição: games fazem parte de nossa estratégia e acreditamos neles. Esse lançamento do PC Gamer Inspiron mostra como tal posicionamento da Dell está dando certo”, diz.
“Enquanto diversos setores de consumo tiveram desaceleração ou queda durante a crise, o de games cresceu. É como se não tivesse passado por essas dificuldades”, comenta Felipe Oliveira, gerente de produtos para o portfólio gamer da Dell. Mas como a empresa pretende abocanhar o setor e crescer nesse competitivo mercado?
Dell aposta em serviços para se diferenciar
Fãs de computadores gamers não tinham, até então, a opção de comprar uma máquina pronta, preparada para jogos, direto de grandes fabricantes. O jeito normalmente era montar seu próprio PC com as configurações que achassem melhor ou comprar customizados por lojas especializadas.
A Dell entra no jogo querendo oferecer algo mais prático e preparado ao consumidor que não tem tempo ou paciência para montar seu computador e que também quer algo com o selo de uma grande fabricante.
“A gente quer descomplicar a vida do consumidor. O cara quer montar uma máquina e tem que ficar buscando peça. Daí tem garantia com um, com outro. Quando ele quer consertar, precisa desmontar a máquina, enviar as peças, esperar o reparo e o retorno, montar tudo de novo. É tudo muito complexo”, comenta Oliveira.
Montar um computador sozinho pode sair mais em conta para o usuário, mas a Dell contorna a situação apostando em serviços, como a garantia a domicílio – associada gratuitamente ao PC Gamer Inspiron. Ao comprar o computador, o usuário recebe um ano de garantia e, quando precisar do suporte, um técnico da Dell vai até a residência do cliente e resolve. “Tudo isso agrega valor não só para o produto, mas também para a companhia. Queremos ganhar no custo-benefício como um todo”, comenta Oliveira.
Além disso, a Dell também oferece serviços como o Premium Support Plus, no qual o usuário pode pagar uma taxa para ter suporte especializado 24 horas por dia. Nesse modelo, os atendentes podem ajudá-lo a escolher novas peças para o computador ou até mesmo configurar a qualidade de vídeo em cada jogo. O valor do serviço varia para cada produto.
Os eSports são chave do marketing
Parte da estratégia para conquista o coração dos gamers e mostrar que PCs são alternativa válida está nos eSports. “Agora temos o jogador de console, que só via os computadores para trabalho, assistindo a competições de eSport na TV e percebendo que aqueles jogos são disputados no computador. Ele passa a ver o PC como uma central de entretenimento e a fazer parte do nosso mercado”, defende Oliveira.
Para aproximar-se desse público, a Dell patrocina campeonatos, times, influenciadores e jogadores. A maior parte dos patrocínios vem pela Alienware, a marca gamer da Dell, voltada principalmente a periféricos e notebooks. Para Oliveira, o Brasil é especialmente fértil para os eSports porque a atividade cresce rapidamente no país.
“O eSport cresce muito rápido e agrega pessoas que achavam que o jogo era só diversão e agora passam a ver como trabalho, como esporte”, comenta. Nessa mudança, ele vê muitos pais deixando de lado os preconceitos com games e até incentivando os filhos. “Há famílias que já são sustentadas pelo eSport”, provoca.
Oliveira ainda destaca que o Brasil tem bons jogadores e só precisa de mais estrutura. “Estamos aquém de países com cenários mais estruturados, mas quando você olha para os times vê que temos muito potencial em material humano”, comenta.
A Dell tem um grande desafio pela frente. Ela irá disputar com PCs montados, com a possibilidade de cada um montar o seu e com consoles mais poderosos. A Alienware, por sua vez, irá disputar com marcas estabelecidas em periféricos gamers e montadoras de notebooks. Mas a empresa está confiante na sua estratégia e no mercado gamer. O que você espera do futuro deles? Comente!
Fonte
Tecmundo Games
Os valores vão de R$ 2.999 a R$ 6.239. Todos vêm equipados com processadores AMD Ryzen (as opções são o 3 1200; o 5 1400; e o 7 1700x). Já entre as placas de vídeo as alternativas são Radeon RX 560, RX 570 e a GeForce GTX 1060 de 6GB. As opções de armazenamento, sistema operacional e memória RAM são personalizáveis e há diversas combinações possíveis.
A Dell desenvolveu seu próprio projeto de placa-mãe com chipset X370. O gabinete foi todo preparado para facilitar a customização (o usuário não perde a garantia de um ano caso queira fazer upgrade) e conta com iluminação azul que não vaza a ponto de incomodar caso o PC esteja rodando em um quarto escuro.
Pudemos testar a versão mais potente da máquina (com Ryzen 7 1700X e GTX 1060) na sede da Dell em São Paulo. O computador estava rodando The Witcher 3 há mais de 5 horas e não dava sinais de aquecimento. As configurações estavam acertadas no “alto” com Nvidia Hairworks desligado. Quando tudo passava para o ultra, a performance ficava entre 40 e 50 FPS.
Curiosamente, o lançamento vem sob o nome da marca Dell, não da Alienware, o braço de produtos gamers da empresa lançado no Brasil em 2016. Segundo a companhia, a intenção é que a própria Dell também seja relacionada a produtos gamers.
Segundo Raquel Martins Braga, gerente de produtos para o consumidor final da empresa, o setor de games é um dos que mais crescem dentro da companhia. “Ano passado, no meio da crise, lançamos a Alienware e fomos bem questionados. Nós bancamos nossa posição: games fazem parte de nossa estratégia e acreditamos neles. Esse lançamento do PC Gamer Inspiron mostra como tal posicionamento da Dell está dando certo”, diz.
“Enquanto diversos setores de consumo tiveram desaceleração ou queda durante a crise, o de games cresceu. É como se não tivesse passado por essas dificuldades”, comenta Felipe Oliveira, gerente de produtos para o portfólio gamer da Dell. Mas como a empresa pretende abocanhar o setor e crescer nesse competitivo mercado?
Dell aposta em serviços para se diferenciar
Fãs de computadores gamers não tinham, até então, a opção de comprar uma máquina pronta, preparada para jogos, direto de grandes fabricantes. O jeito normalmente era montar seu próprio PC com as configurações que achassem melhor ou comprar customizados por lojas especializadas.
A Dell entra no jogo querendo oferecer algo mais prático e preparado ao consumidor que não tem tempo ou paciência para montar seu computador e que também quer algo com o selo de uma grande fabricante.
“A gente quer descomplicar a vida do consumidor. O cara quer montar uma máquina e tem que ficar buscando peça. Daí tem garantia com um, com outro. Quando ele quer consertar, precisa desmontar a máquina, enviar as peças, esperar o reparo e o retorno, montar tudo de novo. É tudo muito complexo”, comenta Oliveira.
Montar um computador sozinho pode sair mais em conta para o usuário, mas a Dell contorna a situação apostando em serviços, como a garantia a domicílio – associada gratuitamente ao PC Gamer Inspiron. Ao comprar o computador, o usuário recebe um ano de garantia e, quando precisar do suporte, um técnico da Dell vai até a residência do cliente e resolve. “Tudo isso agrega valor não só para o produto, mas também para a companhia. Queremos ganhar no custo-benefício como um todo”, comenta Oliveira.
Além disso, a Dell também oferece serviços como o Premium Support Plus, no qual o usuário pode pagar uma taxa para ter suporte especializado 24 horas por dia. Nesse modelo, os atendentes podem ajudá-lo a escolher novas peças para o computador ou até mesmo configurar a qualidade de vídeo em cada jogo. O valor do serviço varia para cada produto.
Os eSports são chave do marketing
Parte da estratégia para conquista o coração dos gamers e mostrar que PCs são alternativa válida está nos eSports. “Agora temos o jogador de console, que só via os computadores para trabalho, assistindo a competições de eSport na TV e percebendo que aqueles jogos são disputados no computador. Ele passa a ver o PC como uma central de entretenimento e a fazer parte do nosso mercado”, defende Oliveira.
Para aproximar-se desse público, a Dell patrocina campeonatos, times, influenciadores e jogadores. A maior parte dos patrocínios vem pela Alienware, a marca gamer da Dell, voltada principalmente a periféricos e notebooks. Para Oliveira, o Brasil é especialmente fértil para os eSports porque a atividade cresce rapidamente no país.
“O eSport cresce muito rápido e agrega pessoas que achavam que o jogo era só diversão e agora passam a ver como trabalho, como esporte”, comenta. Nessa mudança, ele vê muitos pais deixando de lado os preconceitos com games e até incentivando os filhos. “Há famílias que já são sustentadas pelo eSport”, provoca.
Oliveira ainda destaca que o Brasil tem bons jogadores e só precisa de mais estrutura. “Estamos aquém de países com cenários mais estruturados, mas quando você olha para os times vê que temos muito potencial em material humano”, comenta.
A Dell tem um grande desafio pela frente. Ela irá disputar com PCs montados, com a possibilidade de cada um montar o seu e com consoles mais poderosos. A Alienware, por sua vez, irá disputar com marcas estabelecidas em periféricos gamers e montadoras de notebooks. Mas a empresa está confiante na sua estratégia e no mercado gamer. O que você espera do futuro deles? Comente!
Fonte
Tecmundo Games