Fugitivo nazista teria morrido na Síria 12.01.17 8:47
O ex-comandante da SS Alois Brunner, um dos principais protagonistas do Holocausto, apontando como responsável pela morte de 130 mil judeus, tinha paradeiro incerto. Mas nesta quarta-feira (11) a revista francesa XXI noticiou ter resolvido o mistério: o antigo assistente de Adolf Eichmann teria morrido em dezembro de 2001, aos 89 anos, numa cela num porão esquálido de Damasco, Síria.
No curso da investigação jornalística classificada como "altamente verossímil" pelo caçador de nazistas veterano Serge Klarsfeld, a XXI entrevistou três ex-membros do serviço secreto sírio que acompanharam os últimos anos de Brunner. Segundo estes, "ele sofria e chorava muito, todo o mundo escutava". Ainda assim, morreu como nazista impenitente e antissemita convicto.
Brunner era encarregado do campo de concentração de Drancy, ao norte de Paris, para cujas câmaras de gás eram enviados os judeus da França ocupada. Adolf Eichmann, um dos arquitetos da assim chamada "solução final", enforcado em Israel em 1962, o considerava seu braço direito.
No fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, o militar austríaco conseguiu escapar aos Aliados. Em 1953 fugiu da Alemanha para o Egito, sob o nome falso Georg Fischer. Depois de traficar armas para o movimento independentista argelino FLN, mudou-se para a Síria no ano seguinte.
Ainda em 1954, Alois Brunner foi julgado na França in absentia por crimes de guerra e sentenciado à morte. Em 2001, em outro julgamento que pela primeira vez incluiu especificamente a acusação de deportar centenas de órfãos, ele foi condenado a prisão perpétua, já que a pena capital fora abolida no país em 1981.
Em Damasco tornou-se conselheiro da polícia secreta síria, supostamente transmitindo-lhe métodos de tortura e interrogação desenvolvidos pelos nazistas. Logo foi localizado pelo serviço de inteligência de Israel. Em setembro de 1961, sofreu um atentado com uma carta-bomba, sendo dado como morto.
Como revelaram as investigações da XXI, na realidade ele perdeu um olho na ocasião, assim como quatro dedos num ataque semelhante em 1981. No entanto, as autoridades sírias continuaram a negar sua existência.
Fonte: G1
No curso da investigação jornalística classificada como "altamente verossímil" pelo caçador de nazistas veterano Serge Klarsfeld, a XXI entrevistou três ex-membros do serviço secreto sírio que acompanharam os últimos anos de Brunner. Segundo estes, "ele sofria e chorava muito, todo o mundo escutava". Ainda assim, morreu como nazista impenitente e antissemita convicto.
Da Alemanha para a Síria
Brunner era encarregado do campo de concentração de Drancy, ao norte de Paris, para cujas câmaras de gás eram enviados os judeus da França ocupada. Adolf Eichmann, um dos arquitetos da assim chamada "solução final", enforcado em Israel em 1962, o considerava seu braço direito.
No fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945, o militar austríaco conseguiu escapar aos Aliados. Em 1953 fugiu da Alemanha para o Egito, sob o nome falso Georg Fischer. Depois de traficar armas para o movimento independentista argelino FLN, mudou-se para a Síria no ano seguinte.
Ainda em 1954, Alois Brunner foi julgado na França in absentia por crimes de guerra e sentenciado à morte. Em 2001, em outro julgamento que pela primeira vez incluiu especificamente a acusação de deportar centenas de órfãos, ele foi condenado a prisão perpétua, já que a pena capital fora abolida no país em 1981.
Em Damasco tornou-se conselheiro da polícia secreta síria, supostamente transmitindo-lhe métodos de tortura e interrogação desenvolvidos pelos nazistas. Logo foi localizado pelo serviço de inteligência de Israel. Em setembro de 1961, sofreu um atentado com uma carta-bomba, sendo dado como morto.
Como revelaram as investigações da XXI, na realidade ele perdeu um olho na ocasião, assim como quatro dedos num ataque semelhante em 1981. No entanto, as autoridades sírias continuaram a negar sua existência.
Fonte: G1